Neste momento que vivemos, é comum sentir ansiedade e medo, seja em relação ao futuro ou ao contágio e à própria doença responsável pela pandemia, o SARS-Cov2, o COVID-19.
Na gravidez as emoções são mais intensas, devido a mudanças hormonais, dúvidas e incertezas sobre o que acontecerá com a chegada de um bebé e agora também pelo momento em que vivemos. Com a pandemia as nossas vidas estão a mudar radicalmente e não sabemos ainda qual será o impacto na nossa rotina diária.
Com objetivo de a ajudar a manter-se em segurança neste momento tão importante, reunimos aqui as informações e orientações da Direção Geral de Saúde e do Núcleo de Estudos de Medicina Obstétrica da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna.
– O risco de infeção na grávida parece ser o mesmo ao da população em geral.
– Pouco ainda se sabe sobre a transmissão da mamã ao feto, mas parece ser reduzida.
– As grávidas devem evitar contactos desnecessários com os serviços de saúde, contudo, devem cumprir as vigilâncias de acordo com a DGS, nomeadamente as ecografias.
– As grávidas assintomáticas com contacto com casos suspeitos ou confirmados de COVID-19 ou com sintomas sugestivos de COVID-19 devem realizar o teste laboratorial para SARS-COV-2.
– Os procedimentos que não possam ser adiados, tais como o rastreio combinado do 1º trimestre e a ecografia morfológica, devem ser agendados para o final do dia.
– Só podem ser permitidos acompanhantes se a instituição de saúde assegurar todas as condições de segurança para evitar o contágio.
– As grávidas deverão ser instruídas pelos médicos assistentes sobre os sinais de alarme da eventual agudização de uma patologia de base, e dos motivos que as levam a contactar a Linha SNS 24 ou o INEM.
– Deve existir especial cuidado com o bem-estar mental e, se necessário, contactar uma linha de apoio psicológico.
– As instituições devem privilegiar as teleconsultas e a autoavaliação domiciliária, sempre que os procedimentos não exigirem a presença física. Se a grávida estiver de quarentena, os procedimentos devem ser adiados, sem comprometer a sua segurança clínica.
– Sintomas isolados, nomeadamente febre, devem ser submetidos a avaliação clínica para descartar outras causas.
– Devem ser adotadas medidas que reduzam o risco de infeção e contágio:
- Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete durante pelo menos 20 segundos.
- Usar um desinfetante para as mãos à base de álcool, como álcool em gel.
- Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
- Evitar contacto próximo com pessoas doentes.
- Cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar com um toalhete e de imediato deitar fora.
- Limpar e desinfetar objetos e superfícies manipuladas com frequência.
- Usar máscara quando apropriado.
Em caso de dúvidas, entre em contato com seu médico, que pode dar orientações específicas e ajudar a resolver qualquer questão ou problema sobre a sua gravidez.
Artigo escrito pela Equipa Mamãs Sem Dúvidas com base nas recomendações do Ministério da Saúde e o do Núcleo de Estudos de Medicina Obstetrícia.