Parto e Pós PartoParto8 Mitos sobre Criopreservação

8 Mitos sobre Criopreservação

De tempos a tempos, tanto os Médicos Obstetras, como as equipas de Transplantação e, nomeadamente, as pessoas que trabalham em Bancos de Sangue do Cordão são confrontadas com algumas afirmações baseadas em informações erradas e meras conjunturas. A Cord Blood Association pediu recentemente aos seus associados para identificar os principais mitos que as pessoas menos bem informadas formulam sobre o sangue do cordão. Dessa extensa lista, destacam-se 8 pontos pertinentes, a saber:

A colheita do sangue do cordão pode afetar a saúde do bebé.

O sangue é colhido do cordão umbilical e da placenta depois do nascimento do bebé e do corte do cordão umbilical. Não é colhida qualquer amostra de sangue do bebé. A colheita do sangue do cordão não interfere com o trabalho de parto nem com o parto. De igual modo, não coloca em risco nem a saúde do bebé nem da mãe.

O sangue do cordão umbilical guardado num banco privado pode ser utilizado por qualquer membro da família.

As amostras de sangue do cordão umbilical armazenadas em bancos privados não servem para tratar qualquer membro da família.

O sangue do cordão tem marcadores genéticos, chamados HLA – Antigénios Humanos Leucocitários -, que necessitam de ser compatíveis entre dador e recetos. A probabilidade de um irmão ser totalmente compatível com outro irmão (irmãos dos mesmos progenitores) é de cerca de 25% e há cerca de 50% de probabilidade de partilhar metade dos HLA com outro irmão. Os restantes elementos da família têm uma probabilidade de compatibilidade entre si ainda mais reduzida.

O tratamento com sangue do cordão são meramente experimentais.

O sangue do cordão é uma fonte de células estaminais para pacientes que necessitam de efetuar um transplante. Assim, o sangue do cordão é utilizado para tratar mais de 80 doenças, nomeadamente doenças hemato-oncológicas, doenças genéticas, falências medulares e doenças imunes.

Noutras áreas, as terapias com sangue do cordão têm sido estudadas para tratamento de doenças cardíacas, doenças do sistema nervoso, doenças osteoarticulares, doenças metabólicas e, especialmente, em medicina regenerativa.

O valor das terapias com sangue do cordão vai depender da evolução dos ensaios clínicos e dos seus resultados.

Desde que criopreserve a amostra de sangue do meu primeiro filho, não necessito de criopreservar de um segundo filho.

As razões que estão na base de criopreservar uma amostra de sangue do cordão umbilical do primeiro filho são exatamente as mesmas de criopreservar a amostra de um segundo filho, isto porque a probabilidade de compatibilidade entre irmãos é de 25%.

Se decidir criopreservar a amostra de sangue do cordão não valerá a pena guardar o tecido do cordão.

Todos os anos são descobertas novas utilizações não só do sangue do cordão como do tecido do cordão. Tanto o sangue do cordão como outras células perinatais, incluindo o tecido do cordão, são extremamente promissoras no tratamento de imensas doenças que atualmente não têm cura. Assim, o casal grávido deverá informar-se junto dos bancos privados de como o tecido do cordão é armazenado e quais as potencialidades em termos de uso futuro, para que possam tomar uma decisão informada e fundamentada.

O sangue do cordão umbilical é lixo biológico sem qualquer valor clínico.

O sangue do cordão umbilical de um bebé contém células estaminais que, quando transplantadas, podem recuperar a função da medula óssea e consequentemente reconstruir o sistema imunitário.

A infusão destas células pode também ajudar a tratar leucemias, linfomas e outras patologias, como distúrbios genéticos, falência medular ou imunodeficiências. Desde o primeiro transplante efetuado em 1988, mais de 40 mil pacientes beneficiaram do uso de células do sangue do cordão umbilical para tratamento de doenças graves.

O casal grávido tem até ao dia do parto para decidir colher o sangue do cordão umbilical do filho que vai nascer.

A tomada de decisão quanto à colheita do sangue do cordão deverá acontecer com a devida antecedência. O casal grávido deverá discutir com o seu Médico Obstetra ou outro profissional de saúde habilitado, acerca do interesse de guardar o sangue do cordão umbilical do filho que vai nascer.

Quando se opta pela Clampagem tardia do cordão umbilical não resta muito sangue nem células para criopreservar.

Atualmente, a comunidade científica, nomeadamente nos EUA, recomenda que a clampagem do cordão umbilical ocorra entre 30 a 60 segundos após o parto. Acredita-se que a clampagem tardia do cordão umbilical poderá trazer benefícios para o bebé durante os seis primeiros meses de vida. No entanto, a clampagem tardia pode reduzir o número de células estaminais a circular no cordão umbilical, podendo até impedir a colheita.

Importa recordar que nos casos em que a amostra se destine a um irmão com patologia como a leucemia ou semelhante, então, a clampagem tardia do cordão é desaconselhada.

Acima de tudo, os casais grávidos deverão discutir as opções de clampagem tardia do cordão umbilical com o seu Médico Obstetra ou Enfermeira Parteira.

Artigo escrito pela Equipa BebéVida, de acordo com a lista publicada pela Cord Blood Association

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